EDM prepara Plano de Actividade e Orçamento 2020

Wed, 13/11/2019 - 10:30

Quadros seniores da Electricidade de Moçambique, E.P. (EDM) estiveram reunidos nesta terça-feira, 12, em Maputo, para discutir e harmonizar a proposta de Plano de Actividades e Orçamento (PAO) para o ano de 2020, um instrumento que vai nortear as acções da Empresa no próximo ano. O documento deverá ser submetido nos próximos dias ao Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE) para aprovação, tal como determinada a nova Lei das Empresas Públicas.

O encontro de um dia, aberto pelo Presidente do Conselho de Administração (PCA), Aly Impija, durou pouco mais de 10 horas e nele foram discutidas, além da proposta do PAO, matérias de relevo para a “saúde” da Empresa. Referimo-nos, por exemplo, ao estado actual e perspectiva da força de trabalho no contexto das reformas em curso; os desafios e as oportunidades que o mercado regional, também em transformação, oferece ao sector eléctrico. 

As perdas de distribuição, tidas como um dos grandes calcanhares de Aquiles, foram levadas à mesa de debate numa perspectiva de se encontrar uma estratégia eficaz para o seu combate. De 2018 a 2019, as perdas registaram um incremento de um por cento, saindo de 29 para 30 por cento, uma tendência que contraria todos os esforços tendentes à sua redução.

Sobre a qualidade de atendimento ao cliente, um dos temas discutidos no encontro, o PCA explicou que a eficiência no serviço prestado ao consumidor e a satisfação do público devem servir de referência na avaliação do desempenho da Empresa.

De acordo o timoneiro da Empresa, maior atenção deve ser dada à electrificação dos locais com potencial agro-industrial, postos administrativos e localidades e outros locais de rápido desenvolvimento, através da expansão da Rede Eléctrica Nacional. Esta prioridade é reflectida no compromisso de atingir o acesso universal até ao ano 2030.

“Em 2020, a EDM pretende assegurar a ligação de pelo menos dez (10) postos administrativos à Rede Eléctrica Nacional, nomeadamente: Mulela (na Zambézia), Boila, Covo e Cunle (em Nampula), Calanga (na Província de Maputo), Messano, Ntlavane e Nguzene (em Gaza), Nhamandze (em Sofala), Charre (em Tete) e Ncumpe (em Cabo-Delgado).”

De acordo com o Eng. Aly Impija, a Empresa espera registar um crescimento de seis por cento na venda de energia para o mercado interno e externo, passando de 5.48 GWh este ano para 5.79 GWh em 2020. Ainda em 2020, está prevista a continuidade de acções visando a reposição dos sistemas eléctricos danificados pelos ciclones IDAI e Kenneth nas regiões centro e norte do país, criando um prejuízo total de 24,5 milhões de dólares, sendo 21 milhões pelo IDAI e 3,5 milhões pelo Kenneth.

No fim do debate, o PCA agradeceu a franqueza do debate e ideias construídas para fazer frente aos desafios da Empresa para o próximo ano.

 

 

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