O Presidente da República, Filipe Nyusi, voltou, na passada Segunda-Feira, 12 de Agosto, a aplaudir os avanços significativos que se registam na geração, transmissão e distribuição de energia eléctrica no País, considerando ser um serviço básico e fundamental para a população. Este pronunciamento foi feito em Namialo, província de Nampula, onde inaugurou uma nova Subestação, um empreendimento erguido graças à cooperação entre Moçambique e o Reino do Japão.
Dois dias depois de ter testemunhado a entrada em funcionamento da primeira Central Solar de grandes dimensões construída em Moçambique, Filipe Nyusi deslocou-se a Namialo, Nampula, para, tal como disse no seu discurso,"apresentar o resultado do que sempre incentivamos: a parceria, a ajuda mútua, a partilha de meios e sabedoria. Quero publicamente agradecer ao Reino do Japão, representado aqui pelo seu Embaixador e pela sua Agencia de Cooperação Internacional (JICA), pelo incansável apoio que tem dado a Moçambique, neste sector."
Com efeito, o Japão mobilizou 19 milhões de dólares americanos para oprojecto que surge da necessidade de reforço da disponibilidade de potência nas Províncias de Nampula e Cabo Delgado emelhorar a qualidade de energia fornecida nestas mesmas regiões.
A Subestação de Namialoé alimentada através de duas linhas de 110KVA, sendo a linha C32A, que parte da SE Nampula Central e C35A, que parte da SE Nampula 220KVA. Com a entrada em funcionamento desta infra-estrutura foram de imediato ligadas, só em Namialo, 14 mil famílias e 18 empresas. Em Cabo Delgado, poderão ser ligadas mais de 150 mil famílias.
Segundo Nyusi, a expansão da energia eléctrica tem efeitos incalculáveis para o desenvolvimento das actividades sócio-economicas, principalmente porque é um produto que podemos exportar. "Mas não é nenhum luxo ter energia", disse o Presidente no seu discurso, adiantando que "no âmbito da implementação do Plano Quinquenal do Governo 2015-2019, o Sector dos Recursos Minerais e Energia tem em carteira uma série de realizações em infra-estruturas eléctricas visando o aumento da disponibilidade de energia eléctrica, bem como, a melhoria da qualidade e fiabilidade no fornecimento de energia eléctrica às populações."
O Chefe de Estado referiu que no ano passado foi lançado o programa Energia Para Todos, que visa levar energia a cada casa e a cada empresa, "com este programa, disse Nyusi, o Governotem como objectivo levar energia segura e fiável a todos os moçambicanos até 2030", acrescentando que "temos plena consciência do desafio que tal representa, mas, como povo determinado, temos a certeza que saberemos transpor e vencer, estamos a lutar para isso".
Na Região Norte, a EDM concebeu diversos projectos de electrificação, conferindo a esteponto do País maior segurança no fornecimento de energia e melhores condições para investimento.
Outro empreendimento muito importante que está em curso neste ponto do Pais é a construção de uma segunda Central Solar em Metoro, Cabo Delgado, cuja conclusão está prevista para o próximo ano e a Linha de Transporte de Alta Tensão ligando Chimuara, em Sofala, à Nacala, em Nampula, que vão permitir que a região Centro e Norte do País estejam apetrechadas de infra-estruturas eléctricas que garantam também maior segurança, qualidade e fiabilidade do Sistema Eléctrico Nacional.
No quinquénio prestes a findar e como resultado das várias intervenções no sector, a Electricidade de Moçambique conseguiu atingir um pouco mais de 31% do universo da população, no entanto, segundo o PR, "até ao final deste ano teremos em cada 100 famílias, 34 com energia eléctrica. Não e muito, mas demos passos significativos. Não somos os melhores, mas somos destacáveis!",disseNyusi.
O PR reconheceu, uma vez mais, o envolvimento dos parceiros de cooperação, destacando o Governo Japonês, no apoio a este e outros tipos de projectos. Filipe Nyusi aproveitou para a anunciar que graças ao apoio dos parceiros, já começa a ser visível os resultados do programa Energia Para Todos, tendo, recentemente, sido anunciados fundos no valor de 550 milhões de dólares americanos para a construção da linha de transporte Maputo-Temane. Esta linha, segundo Nyusi, será ligada a região de Maputo, com uma extensão de 560 quilómetros e incluirá três novas subestações. (x)
