É mais um passo determinante rumo ao acesso universal de energia eléctrica até 2030 em Moçambique. O objectivo do Projecto da Linha de Transporte de energia a 400 kW entre Chimuara e Nacala é de reforçar a capacidade de transporte de energia nas regiões centro-norte respondendo assim à demanda de consumo nas zonas económicas de Mocuba, na Zambézia; Nacala, em Nampula e mega projectos em Cabo Delgado. Com efeito, no dia 8 de Outubro do presente ano, o Presidente do Conselho de Administração da EDM, Aly Sicola assinou contratos com duas instituições estrangeiras numa cerimónia bastante concorrida em Maputo. O primeiro foi rubricado com Vicente Ripio em representação da Elecnor da Espanha; e o segundo coube a vez do Rahul Sikka representante da Larsen & Toubro da Índia.
Falando na ocasião, o PCA da EDM disse ser uma grande honra proceder à assinatura dos contratos de empreitada da Fase 1 do projecto da Linha Chimuara-Nacala, nomeadamente: o Contrato do Lote 1 da Linha de Transporte de energia a 400 kW entre Chimuara e Alto-Mulocué numa extensão de 367 quilómetros e o Contrato do Lote 2 que engloba uma subestação nova em Chimuara 400/220kW, dois transformadores de 250 MVA e extensão da Subestação existente em Alto Mulocué 400/220kV, dois transformadores 250 MVA incluindo painéis de linhas de 400 kW, 220kV e 110 kVA. “A assinatura dos contratos de empreitada da Fase 1 é um marco importante para a EDM e para Moçambique, visto que dá inicio à construção de infra-estruturas a 400 kV que permitem escoar grandes quantidades de energia e desta forma industrializar o nosso país e no caso em questão a médio curso interligar a nossa rede nacional de transporte de energia com a República da Tanzânia”, realçou o dirigente da Empresa lembrando ainda que de imediato a primeira fase criará ganhos no fornecimento de energia no eixo Chimuara/Alto-Molocué, ou seja, beneficiará a província da Zambézia - Quelimane, Chimuara, Morrumbala, Mocuba, Alto Mulocué entre outras localidades. Norte de Sofala incluirá Caia, Marromeu, Vila de Sena e seus arredores através da redundância das linhas de transporte de energia e capacidade instalada.
Vicente Ripio, da Espanha, usando da palavra afirmou sentir-se orgulhoso do contrato assinado, destacou que é o primeiro rubricado com Moçambique e espera que não seja o último. Realçou que a sua instituição está vocacionada à água e energia e nesse aspecto ainda há muito trabalho pela frente.
Já Rahul Sikka, da India agradeceu à EDM e ao Governo de Moçambique pela confiança depositada na sua instituição. Reforçou também que é uma das maiores empresas indianas e vai prestar serviços de qualidade ao país.
Actualmente encontra-se em implementação a Fase 1 que cobre a secção Chimuara-Alto Mulocué, na Zambézia e conta com o financiamento do Banco Islâmico de Desenvolvimento no valor de 200 MUS. A fase 2 do projecto cobre o troço Alto-Mulocué/Namialo e a Fase 3 abrange Namialo/Nacala sendo que ambas aguardam a conclusão de financiamento.
