O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, procedeu, no dia 12 de Novembro corrente, ao lançamento da Estratégia Nacional de Energia (ENE), sob o lema Programa Nacional de Energia para Todos até ao ano 2030.
A cerimónia teve lugar numa das estâncias turísticas da cidade de Maputo e contou com a presença de diversos convidados, num total de cerca de quinhentas individualidades. Entre os presentes, destacavam-se membros do Conselho de Ministros, o Presidente do Tribunal Supremo, membros do Corpo Diplomático, representantes das instituições que cooperam no Sector de Energia, personalidades diversas, a Imprensa e membros da Sociedade Civil.
O acto solene, com a sala abarrotada de personalidades, consistiu nos seguintes momentos. Em primeiro lugar, o Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Ernesto Max Tonela, fez a contextualização da elaboração e lançamento da ENE; o Director Nacional de Energia, Pascoal Bacela, procedeu à apresentação do sublime documento orientador. Seguidamente intervieram representantes dos parceiros tradicionais de cooperação no Sector (Noruega, Suécia, União Europeia e Banco Mundial). Por fim, o Presidente da República procedeu ao lançamento da Estratégia Nacional de Energia para Todos até 2030.
No seu discurso oficial de lançamento do Programa, Filipe Jacinto Nyusi defendeu que a energia é um instrumento de combate à pobreza, um dos sectores nevrálgicos para o desenvolvimento com forte efeito multiplicador na economia moçambicana.
Conforme apontou, a Estratégia Nacional de Energia 2018-2030 tem como objectivo levar energia a todos os moçambicanos que ainda não têm acesso e está alinhada com o Programa Quinquenal do Governo e os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável. A meta é assegurar o Acesso Universal de energia em 2030, através de uma abordagem tecnicamente viável e financeiramente sustentável.
Para o Presidente da República, a ENE é uma resposta aos clamores do povo em diversos pontos do País e vem resolver problemas reais tendo em conta que vai alargar a rede para mais zonas rurais do vasto território moçambicano. Na sua intervenção, o dirigente máximo moçambicano asseverou que a implementação daquele programa irá mudar a sorte de muitos compatriotas.
O Ministro de Energia Recursos Minerais e Energias Renováveis disse, na sua intervenção de contextualização, ser uma iniciativa do Governo desenvolvida pelo ministério que dirige, com o objectivo de levar energia eléctrica aos que ainda não têm, para além de que está alinhado com o desenvolvimento sustentável e inspirado em casos bem sucedidos pelo mundo fora.
O Director Nacional de Energia, Pascoal Bacela, explicou que 72 por cento de moçambicanos ainda não tem acesso à energia eléctrica e a ideia é assegurar que tenham até ao ano de 2030, sendo que está alinhado com o Programa Quinquenal e com os objectivos de desenvolvimento sustentável.
A Governadora da Cidade de Maputo, Iolanda Cintura, que também interveio na cerimónia na sua capacidade de anfitriã, disse acreditar no impacto positivo na vida dos moçambicanos que o Programa vai ter e agradeceu o facto de Maputo ter sido escolhido para o seu lançamento.
Já Marie Anderson, representante da Embaixada da Suécia, defendeu a aposta nas energias limpas para o sucesso sustentável do projecto. Destacou que o seu país continuará a prestar ajuda a Moçambique, incluindo ao Programa ora lançado.
Falando em representação do Banco Mundial, Mark Lundell, sublinhou que a estratégia responde aos actuais desafios do país porque deixa claro o papel de cada um dos intervenientes no processo. Segundo ele, a ENE representa um novo paradigma no objectivo do acesso universal de energia. Lundell avançou que deverá haver mais transparência no processo e que sobressaiam parcerias com o sector privado.
No local do evento e a acompanhar a cerimónia, esteve patente uma exposição que ilustra a evolução histórica da electrificação do país e as perspectivas até 2030. O Chefe do Estado visitou-a antes do início da cerimónia, sendo que os convidados a apreciaram no final.
