O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, testemunhou, sexta-feira, 14 de Agosto, ao lançamento oficial das obras de electrificação de 19 Postos Administrativos do País.
A cerimónia consistiu na assinatura dos contratos de empreitada entre a Electricidade de Moçambique, E.P. (EDM), na pessoa do seu Presidente de Conselho de Administração, Eng. Marcelino Gildo Alberto, e as empresas selecionadas através de concurso público para a execução das obras para o efeito, designadamente a TES-TOP, LDA, a MPI e a SETH.
O acto marcou oficialmente o início da implementação do Programa do Governo de electrificar os 135 Postos Administrativos que ainda não beneficiam de energia eléctrica e enquadrou-se não visita de trabalho que o Chefe do Estado efetuou naquele dia à Província de Cabo Delgado.
Neste momento, estão em curso obras para a electrificação de cinco Postos Administrativos cuja conclusão está prevista para Dezembro deste ano, designadamente: Meponda em Niassa; Alto Ligonha e Mulela na Zambézia; Chicomo em Inhambane; e Nguzene em Gaza. Outros 19 Postos Administrativos deverão estar electrificados até finais de 2021, nomeadamente Nauela, Namanjavira e Macuze na Zambézia; e Itepela e Macalonge em Niassa; sendo que estes têm as obras já em curso; e ainda Covo, Cunle e Mutucute em Nampula; Ncumpe, Quionga e Pundanhar em Cabo Delgado; Nhamadzi em Sofala; Messano, Ntlavene e Mazucane em Gaza; Pajane em Maputo; e Zobue, Mucumburra e Chare na Província de Tete.
Salientar que Zobue e Mucumburra, também na Província de Tete, estão presentemente electrificados através da rede de países vizinhos.
O objectivo do Governo é que com recurso a toda a matriz energética de que Moçambique dispõe sejam electrificadas até 2024 todas as sedes dos postos administrativos do país. Assim, dos 135 postos administrativos, 41 serão electrificados através de sistemas isolados, principalmente os sistemas solares, e as restantes 94 sedes de postos administrativos irão beneficiar da Rede Eléctrica Nacional.
O alcance da meta de eletrificação das sedes dos postos administrativos, cujo investimento total é de 120 milhões de dólares americanos, aliado à implementação do projecto Pro-Energia, vai permitir um incremento assinável na taxa de acesso à corrente eléctrica, saindo dos actuais 32% para acima de 64% até finais do presente Quinquénio. Os programas de electrificação em curso deverão culminar com o Acesso Universal à Energia Eléctrica até 2030, tal como está preconizado na Estratégia Nacional de Electrificação.
Discursando após testemunhar a assinatura dos contratos, o Presidente da República passou em revista o ponto de situação de todo o sector dos recursos minerais e energia no País.
Especificamente no sector de energia, Filipe Nyusi referiu que “No presente ciclo de governação, estabelecemos o desafio de alargar o nível de acesso da população à energia eléctrica para 64%, cerca do dobro do nível actual, dando assim um passo crucial em direcção à meta do acesso universal que almejamos para o nosso país no fim desta década.”
“É com imensa satisfação que posso afirmar que o Programa de Energia para Todos está em andamento e vai permitir que neste mandato, mais de 10 milhões de moçambicanos passem a dispor de luz eléctrica pela primeira vez.
Desde o nosso anúncio deste programa, foram mobilizados mais de 250 milhões de dólares, dos parceiros de desenvolvimento; concluído o mapeamento detalhado das áreas de cobertura para os próximos dois anos; lançados concursos para aquisição de equipamentos diversos, entre eles, transformadores, cabos eléctricos, contadores, postes e contratadas empresas que a assegurarão ligações em escala a partir do final deste ano, para que possamos atingir as metas anuais programadas” - apontou o Chefe do Estado.
Mais adiante na sua intervenção, Filipe Nyusi sublinhou que “Desafiamo-nos a electrificar todas as sedes dos Postos Administrativos ainda sem acesso à energia eléctrica até ao final da minha governação. Nestes primeiros meses do meu segundo mandato, demos o primeiro passo nesse sentido ao concluirmos o levantamento exaustivo da situação das 135 sedes de Postos Administrativos ainda sem acesso à energia eléctrica.
Tendo em conta as opções tecnológicas disponíveis e baseado no interesse de electrificar ao menor custo, 94 Sedes de Postos Administrativos serão electrificados por meio da extensão da rede e as restantes 41 Sedes por via da instalação de sistemas autónomos alimentados por fontes renováveis, incluindo centrais hídricas de pequena dimensão.
Iniciamos obras para a materialização desta iniciativa beneficiando numa primeira fase (18) dezoito sedes de Postos Administrativos. As obras para eletrificação de Etatara (Niassa) e Majaua (Zambézia), estão já concluídas.
Mais nove sedes, nomeadamente, de Mulela e Alto Ligonha, Província da Zambézia; Calanga em Maputo; Chicomo, em Inhambane; Meponda e Matchedje em Niassa; e, Ngapa em Cabo Delgado, terão os projectos concluídos este ano.
Vamos no decurso deste ano dar inicio a execução das obras abrangendo mais 21 Sedes de Postos Administrativos em todo país, nomeadamente Namajavira, Nauela e Macuzi, na Zambézia; Itepela e Macaloge no Niassa; Mutucute, Covo e Cunle em Nampula; Zobue, Mucubura, e Chare em Tete; Nhamadze em Sofala; Zimane em Inhambane; Massano, Ntlavane, Nguzene e Mazucane em Gaza, Pajene, na Provincia de Maputo e Ncumpe, Punhandare e Quinga em Cabo Delgado.
Tivemos hoje a oportunidade de testemunhar a assinatura dos contratos que assegurarão o arranque das obras de algumas destas sedes, três delas nesta província de Cabo Delgado e congratulamos todos aqueles que têm trabalhado com o governo para a implementação deste programa que tem em vista reduzir as assimetrias entre o meio rural e o meio urbano.”
